domingo, 18 de março de 2012

21 de março – Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

Organização das Nações Unidas - ONU - instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória do Massacre de Shaperville. Em 21 de março de 1960, 20.000 negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. Isso aconteceu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foram 69 mortos e 186 feridos.
O dia 21 de março marca ainda outras conquistas da população negra no mundo: a independência da Etiópia, em 1975, e da Namíbia, em 1990, ambos países africanos.

O QUE É DISCRIMINAÇÃO RACIAL?

A Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Normas de Discriminação Racial da ONU, ratificada pelo Brasil, diz que:
"Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública" Art. 1.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

sábado, 17 de março de 2012

Como foi o “Segundas Intenções” - Políticas Públicas e os Direitos das Mulheres


Na ultima sexta feira dia 16 de março, o IFAB ( Instituto de Formação Augusto Boal ) realizou mais uma edição do Projeto de discussão e reflexão “Segundas Intenções”, com o tema Políticas Públicas e os Direitos das Mulheres, a atividade contou como a presença das palestrantes Rosangela Falótico, representante do Mulheres do Alto Tiete e Fórum da Igualdade Racial, Graziela Mota , Coordenadora do CREAS de Poá , Raquel Lins, do Conselho da Mulher de Poá e Rosely Sange, do Conselho da Mulher de Ferraz de Vasconcelos.
O debate que aconteceu na Casa de Orações do Batuíra, contou com mulheres e homens que discutiram as políticas públicas para a saúde das mulheres, o combate a violência, os recentes avanços na Lei Maria da Penha e a participação das mulheres na política do Alto Tietê “As mulheres ocupam somente 12 das 116 cadeiras nas câmaras municipais da Região do Alto Tietê, o que representa apenas 10,3% de participação feminina, sendo que 3 municípios não possuem nenhuma vereadora.” apresentou Rosangela Falótico uma das palestrantes da noite.

Entre os participantes, representantes de entidades, professores, agentes de direitos das mulheres, todos buscando apontamentos para o fim da violência física e institucional das mulheres ” O IFAB está realizando importantes agendas, reafirmando seu papel no combate a qualquer tipo de opressão, já é o segundo dia de atividade com o tema Mulheres neste mês e não paramos por aqui, desde o ano passado fomentamos o Núcleo de Estudos e Formação de Mulheres, que se encontram mensalmente em nossa sede ” disse o presidente do Instituto Neto Herédia.


A direção do IFAB comunicou ainda que o projeto Segundas Intenções está repleto de novidades em 2012, que estão buscando debatedores de peso internacional, desta forma cumprindo com a proposta de oferecer formação “Buscamos através de temas que ninguém quer discutir, provocar, refletir e produzir, este é o nosso lema” completou a dirigente Nadir Prado . 

Assuntos como cidadania, drogas, trabalho e trabalhador serão pautas das atividades que acontece uma vez por mês, podendo ser acompanhada pelo blog http://ifabinstitutodeformacaoaugustoboal.blogspot.com.br/ ou  pelo facebook http://www.facebook.com/iab.institutoaugustoboal

Da redação IFAB.

sábado, 10 de março de 2012

EXEMPLOS DE LUTA QUE FICARAM NA HISTÓRIA

Trazemos para você um pouco da história de três "feras" que dedicaram suas vidas à luta pelos direitos civis e pelo fim da discriminação racial.

MARTIN LUTHER KING JR.

Martin Luther King Jr.
Martin Luther King Jr. 
Foi um grande líder negro americano que lutou pelos direitos civis dos cidadãos, principalmente contra a discriminação racial. Martin Luther King era pastor e sonhava com um mundo onde houvesse liberdade e justiça para todos. Ele foi assassinado em 4 de abril de 1968. Sua figura ficou marcada na História da Humanidade como símbolo da luta contra o racismo.

Na véspera de sua morte, 3 de abril de 1968, Martin Luther King fez um discurso à comunidade negra, no Tennessee, Estados Unidos, um país dominado pelo racismo. Em seu discurso ele disse: "Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor".

Um pouco do Cine Reflexão - Lei Maria da Penha


  



         

domingo, 4 de março de 2012

Momentos de formação política

Organização urbana da praça dos expedicionários - Suzano-SP
Em tempos de grandes transformações sociais, aceleradas pela mudança dos processos de produção e os avanços tecnológicos, aliados ao aumento vertiginoso de nossa capacidade de comunicação por todo o planeta, torna-se necessário aprofundarmos nossa capacidade de interferir de modo mais consequente nas realidades que vivemos.

Conhecer nosso espaço, nosso lugar, nosso bairro, nossa cidade e as pessoas que estão próximas a nós é estratégico no mundo moderno. É necessário retomar os tempos de nossas comunidades mais simples, onde todos e todas se conheciam pelo nome e interagiam em seus valores e interesses.

quinta-feira, 1 de março de 2012

ONTEM E HOJE, O NEGRO NO BRASIL

O Brasil foi a última nação da América a abolir a escravidão. Entre 1550 e 1850, data oficial do fim do tráfico de negros, cerca de 3.600.000 africanos chegaram ao Brasil. A força de trabalho desses homens produziu a riqueza do País durante 300 anos.

Apesar de a maior parte dos escravos não saber ler nem escrever, isso não significava que não tivessem cultura. Eles trouxeram para o Brasil seus hábitos, suas crenças, suas formas de expressão religiosa e artística, além de terem conhecimentos próprios sobre técnicas de plantio e de produção. Entretanto, a violência e a rigidez do regime de escravidão não permitiam que os negros tivessem acesso à educação.
Oprimido e explorado, o negro encontrava nas suas raízes africanas a força para resistir à dominação dos senhores nas suas fazendas. E muitos aspectos de sua cultura permaneceram vivos, como, por exemplo, a religião. O candomblé, ritual religioso com danças, oferendas e cultos para Orixás, atravessou a história e aparece como uma prova de preservação das raízes do povo africano no Brasil.
Foi somente em 13 de maio de 1888 que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, libertando todos os escravos. Mas para muitos essa liberdade não poderia mais ser aproveitada como deveria. Após anos de dominação, os negros foram lançados numa sociedade preconceituosa, de forma desarticulada, sem dinheiro, sem casa, sem comida, sem nenhuma condição de se estabelecer.
Hoje, no Brasil, ainda é possível ver os reflexos dessa história de desigualdade e exploração. Alguns indicadores referentes a população, família, educação, trabalho e rendimento e que são importantes para retratar de forma resumida a situação social de brancos, pretos e pardos, revelam desigualdades em todas as dimensões e áreas geográficas do País. Apontam, também, para uma situação marcada pela pobreza, sobretudo para a população de pretos e pardos.

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